segunda-feira, 20 de setembro de 2010

(LÁ VEM MOMENTO DESABAFO)
eu estava pensando agora no meu trabalho. Eu sempre quis trabalhar com alguma coisa que eu ache legal e me identifique e hoje eu trabalho com uma coisa que eu acho muito legal e me identifico; Não é o trabalho dos meus sonhos, mas é uma coisa que eu gosto muito, só que ultimamente eu não to sentindo a mesma alegria de vir trabalhar que eu sentia antes. Eu fico pensando... de que adianta trabalhar numa coisa assim? Eu não to gerando emprego pra ninguém, nem to fazendo o bem pra ninguém, e eu queria muito fazer um trabalho que eu ajudasse as pessoas de alguma forma. Eu sei que é contraditório pq ao mesmo tempo que eu quero isso, eu quero ganhar mais dinheiro pra ter mais conforto e dar todo conforto do mundo pra minha mãe... Aí eu fiquei pensando, eu poderia criar um projeto social?, Porque aí eu estaria ajudando o mundo de alguma forma, só que isso existe? Aonde? Vale à pena? E a coragem de sair de um trabalho que eu gosto pra tentar uma coisa nova?!

Ao mesmo tempo que eu penso em tudo isso, me da uma vontade do tipo Into the Wild de largar tudo e viajar. Não pra ficar sozinha no meio do nada, mas pra conhecer o mundo, conhecer pessoas diferentes, viver coisas diferentes... Sabe aquela hora no filme que ele vai viver com pessoas super simples, cortando cana ou alguma coisa do tipo, e ele é super feliz ali? Eu acho aquela parte incrível. E ele só é tão feliz daquele jeito ali porque ele viveu outras coisas, e mesmo estando feliz ele consegue largar tudo e sair em busca do objetivo dele que era viver na natureza. E aí eu penso também que eu não tenho certeza de nada igual ele tinha. Eu não tenho um objetivo, eu tenho é várias vontades (algumas inclusive, contraditórias) de fazer várias coisas. E eu sei algumas coisas que eu não gosto e não quero, mas eu não tenho certeza das coisas que eu gosto e quero. E eu não deveria estar na hora de ter essa certeza? Existe hora certa ter essa certeza?

Não ter certeza das coisas (mesmo que seja uma certeza incerta) é de certa forma, ruim, porque acaba exigindo uma coragem maior do que a que existe em mim...

Eu sou independente, nunca pensei em casar e ter filhos, e ultimamente tenho tido uma certa vontade de casar e ter filhos. Mas “casar e ter filhos” sempre implicou tantas renuncias pra mim, que acho estranho ter esse tipo de vontade.

Eu penso muito no amor, na pessoa certa.. Quer dizer, eu nunca procurei a pessoa certa. Mas e a hora certa? Existe isso? É engraçado, existem pessoas que, como dizem, têm o “dedo podre” e só escolhem as pessoas erradas. Eu não. Eu só escolho as pessoas certas, mas tenho alguma coisa do tipo “relógio podre”, porque parece ser na sempre na hora errada.

Eu encontrei recentemente uma pessoa tão certa, que parece que o relógio podre está, aos poucos, voltando aos eixos. O mais engraçado é que à princípio, parecia que o momento era o mais errado possível. O tempo, realmente, brinca comigo. Ou não.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Temperamento impulsivo
Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.

C.L

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

FALTA DE MIM
(escrevi esse texto a um ano e tinha esquecido de publicar. Esse momento ja morreu (pelo menos várias partes dele), por isso achei o resultado mais bonito ainda).

Ultimamente eu tenho sentido muita de falta de alguma coisa que eu não sei o que é.
Falta alguma coisa por aqui.. sei la.
Não sei se falta o cigarro, não sei se falta mais sexo, se falta amor... Será que é isso? Falta amor? Pode ser! Eu sinto falta daquele amor declarado, de poder ligar e abrir um sorriso a hora que eu quiser.. Será que é isso que falta?
Falta alguém na minha vida? Será que é alguém que já foi que está fazendo falta? Ou será que eu já sinto falta de alguém que ainda vou conhecer?
Eu tenho sentindo falta de conversar, de filosofar. É isso, eu tenho sentido falta de poder falar o que eu quiser, nem que seja pra uma só pessoa. Existe alguém com quem eu possa conversar sobre qualquer coisa, sem que essa pessoa se sinta magoada, atingida, de saco cheio ou frustrada? Se existe eu sito falta dessa pessoa, definitivamente.
Eu sinto falta de esperar pela festa, de aprender alguma coisa nova, de ser surpreendida.
Eu sinto falta de uma emoção mais forte, da dúvida certa, do medo, de me arrepender, de errar e consertar. To sentindo falta de dormir cansada, e acordar cansada. De me sentir bonita.
Faz uma falta danada acordar às duas da tarde, descabelada, ligar o CD de jazz, sentar no sofá e dar um sorriso. To sentindo muita falta de ouvir Frank Sinatra e dançar na sala, de cantar Johnny Cash tão alto como se fosse um show particular de uma banda de axé.
Eu tenho sentido falta de sentir saudade. Faz sentido? Se faz, é isso que eu sinto. Falta.